27 janeiro 2012

19 janeiro 2012

Das necessidades individuais - Água



"Os portugueses gastam uma média de 161l/dia/pessoa (de acordo com o INSAAR, INAG).
Aproximadamente 1/3 desta água destina-se às descargas dos autoclismos, outro 1/3 destina-se ao duche/banho, cerca de 20% é para a máquina de lavar roupa, e o resto é para os outros usos, como a limpeza da casa e a rega de plantas interiores. Apenas uma pequena parte, entre 3 a 6l (2 a 4%), é utilizada para cozinhar e beber."

Irei procurar sempre que hajam mecanismos de redundância. Como referido um dos pilares deste meu desfiar de pensamentos é o conforto. Não pode faltar água potável.
Desta forma, qualquer que seja a forma encontrada para abastecer a comunidade de água haverá sempre uma ligação a um serviço municipalizado, em bypass. Num mundo ideal pagar-se-ia apenas o aluguer do contador e nenhum débito de água canalizada. Para todas as outras situações paga-se a continha da água e ponto final. Vamos ver o que se pode fazer para criar o tal "mundo ideal".


Furos artesianos (poços):
A abertura de um furo artesiano reveste-se de alguns desafios:
O primeiro é de que tem de have água no subsolo da comunidade. Em princípio, podendo os furos irem até a profundidades como 900m, não deve ser complicado atingir um lençol freático.
Outra situação que não esperava é ter de pagar uma taxa de utilização dos recursos hídricos. Aparentemente o custo de utilizar água do solo é ... dissuasor. Veja-se um extracto das normas orientadoras para aplicação do Decreto -Lei n.º 97/2008, de 11 de Junho:


10 — Aplicação da componente O (artigo 10.º)

10.1 — Taxa aplicável às áreas vedadas de habitações [alínea d) do n.º 2 e n.º 7 do artigo 10.º]
As edificações em domínio público hídrico do Estado (DPHE) estão sujeitas à taxa expressa na alínea d) do n.º 2 do artigo 10.º (entre € 3,75 e € 5) e as áreas vedadas circundantes estão sujeitas à taxa unitária expressa na alínea g) do n.º 2 do mesmo artigo.


note-se que é um custo unitário. Cuja unidade é o metro quadrado! (ou metro linear em estruturas lineares - sejam elas o que forem). Ou seja, o custo anual de manter um furo artesiano estima-se em cerca de 5 euros por metro quadrado de construção. Uma casa de 10mx10m pagaria 500 euros por ano para utilizar água do subsolo! Esta é uma situação que gostava mesmo que alguém me provasse estar errado. 
Acrescente-se a isto a necessidade de tratar e manter vigiada a qualidade da água proveniente da captação. Vou supor que isto tudo se aplique a águas de nascentes e rios.

Compare-se com a taxa a pagar pela utilização de água para agricultura que é 0,05euros por m2. Se levarmos em conta que os gastos com rega na agricultura, especialmente nos meses mais quentes, são astronómicos, percebe-se a vontade de legislar no sentido de não haver consumos de água para edificações que não sejam fornecidos por serviços municipalizados ou empresas de distribuição de águas.

Vou deixar esta questão em aberto, por enquanto. Não vale a pena desistir do projecto de à primeira contrariedade. Se mais tarde surgir uma solução de fornecimento de água mais económica debruçar-me-ei sobre ela.

Podemos desenvolver a noção do custo da água na óptica da poupança por meios técnico.

Mas isso fica para outro post


nota: contestem as minhas fontes o que quiserem desde que acompanhados por fontes alternativas


fontes: Quercus, insaar.inag.pt, www.sondalis.pt (foi o primeiro site que me apareceu numa procura do google sobre furos artesianos), 

16 janeiro 2012

Das necessidades individuais - Respirar

Vou estabelecer uma ordem de prioridades no que diz respeito às necessidades do ser humano.

As necessidades iniciais serão mais óbvias pelo que por enquanto não devo ter dúvidas metafísicas quanto ao peso relativo de cada uma.

Por exemplo: a necessidade mais básica que me ocorre é respirar. Se ficamos sem respirar por mais de uns poucos minutos (entre 2 a 10) as funções básicas necessárias ao funcionamento do corpo humano vão cessando e morremos.

Suponho que posso estabelecer que respirar será a necessidade numero um de todos nós.

E agora... vou declinar a responsabilidade do projecto em suprir totalmente esta necessidade. Para todos os efeitos todas as considerações aqui serão no sentido de se ter o ar mais puro possível para se respirar. Mas irei considerar que não será preciso produzi-lo. Quem sabe noutro projecto :)

13 janeiro 2012

Numero máximo de famílias

Não consigo balizar este número. Não sem outras considerações que se seguirão. Qualquer estimativa ou processo lógico me parece demasiado precoce.
Vou assumir um número arbitrário que a qualquer momento pode ser reavaliado à luz de novas razões.

Aliás, creio que pode ser dado o mote para algo muito importante:

A qualquer momento, se se verificar que as considerações actuais podem ser consideravelmente melhoradas, todo o processo deve ser posto em causa e revisto.

Assumamos então... três famílias. Uma comunidade de doze pessoas.

11 janeiro 2012

Da população a considerar

Para quantas famílias se dimensiona a comunidade?

Uma das primeiras ideias foi pensar na população residente como o conjunto mínimo de especialistas necessários para manter a sustentabilidade do ecossistema comunitário. Poder-se-ia considerar que cada família, ou adulto, teria de contribuir para pelo menos uma das tarefas necessárias ao dia-a-dia.
No entanto tal especialização tornaria a comunidade demasiadamente dependente de unidades individuais, diminuindo a resiliência do projecto.

A sustentabilidade deve ser garantida ao nível da concepção, sem recurso a especialistas no terreno, retirando-os da equação do dimensionamento da população.

Voltando à questão inicial. Suponho que uma família de quatro unidades capazes de produção (i.e. adultos ou jovens adultos) seria o mínimo indispensável. No entanto e querendo aproveitar o efeito de escala julgo ser melhor aumentar a população.

Vamos pensar ao contrário. Qual seria o numero máximo de pessoas a considerar, então?

10 janeiro 2012

Dimensionamento: residentes


Para quantos residentes se dimensiona uma comunidade?

A primeira ideia que me ocorre é que será sempre um número com base num núcleo familiar de quatro pessoas.
A lógica por trás disto vem de que qualquer comunidade terá de considerar albergar famílias.
Não concebo uma comunidade onde hajam habitantes que exijam recursos disponibilizados individualmente. Não faz sentido haver uma casa para cada habitante, quando pensamos em economia de escala. Uma cozinha serve para quatro pessoas. Duas casas de banho servem perfeitamente quatro pessoas. Numa comunidade de partilha constante e gestão económica de recursos seria impensável construir uma casa de banho para cada habitante, uma cozinha para cada habitante, etc...

Cada módulo habitacional que tenha espaço confortável para uma unidade familiar de quatro pessoas oferece o que julgo ser o mínimo de condições com o máximo de aproveitamento do espaço.
Quem pretenda fazer parte da comunidade a nível individual pode sempre partilhar um módulo habitacional com outros residentes. As condições de utilização poderão ser consideradas mais tarde.

Quantas famílias a considerar?

draft - O que é essencial

Concepção inicial

Dimensionamento:
- Residentes
- Não residentes

Espaço:
- Condições espaciais / morfológicas mínimas

Elementos constituintes:
- Alojamento
- Infraestruturas
- Equipamento estruturante
- Equipamento Lazer

O Projecto Ervilha...

Primeiro ponto de discussão:
- Escolher outro nome para o projecto?
Nah. Por enquanto este vai servir. Até porque acredito que são as coisas que acabam por fazer os nomes e não o contrário. E pretendo que seja o mais despretensioso possível.
Segundo ponto:
- Em que consiste o projecto?
Essencialmente num local de agregação de informação com o propósito de conceber uma comunidade de pequena/média dimensão, o mais auto-suficiente e confortável possível. O âmbito do projecto será inicialmente apenas a habitabilidade da população. Não se pretende, pelo menos de início, inferir sobre uma sustentabilidade totalmente independente nem uma ruptura radical com a civilização.
Terceiro ponto:
- Quais a linhas gerais de orientação (à data e passíveis de revisão)?
Aproveitamento de economia de escala (ex: compras em quantidade);
Planeamento e projecto de longa duração como ferramentas de poupança de meios;
Dimensionamento que leve em consideração a ampliação das necessidades futuras;
Dinamização da comunidade com o objectivo de obter a participação activa dos constituintes;
Quarto ponto:
- Tudo é passível de revisão caso se verifiquem condições que permitam melhorar resultados, dentro dos limites do que é razoável.